Nove em dez homens impotentes são sedentários, diz pesquisa em SP.
Fumantes representam 40% dos pacientes com problemas sexuais.
Centro de Referência da Saúde do Homem fez estudo entre 2011 e 2012.
Centro de Referência da Saúde do Homem fez estudo entre 2011 e 2012.
Uma
pesquisa realizada entre janeiro de 2011 e maio de 2012 pelo Centro de
Referência da Saúde do Homem, em São Paulo, revela que 90% dos pacientes
atendidos com queixas de impotência sexual são sedentários.
Além disso, dos 300 homens por
mês que procuraram o serviço estadual para tratar a disfunção erétil, 40% eram
fumantes. A maioria tem mais de 40 anos e já havia tentado outros tratamentos e
remédios orais anteriormente. Cerca de 40 médicos ajudaram no levantamento.
"Pelo
que se conhece da literatura médica, a relação do sedentarismo com a impotência
é indireta. O problema está ligado às consequências da falta de atividade
física, como obesidade, diabetes, colesterol alto e hipertensão. Essas são as
vias finais que levam ao aparecimento ou à piora da disfunção", explica o
urologista responsável pelo centro, Joaquim Claro.
O
aumento da gordura corporal pode atingir os vasos sanguíneos, tornando-os mais
rígidos e sem dilatação, e também diminuir a testosterona, o hormônio
masculino.
No caso do cigarro, a ligação
com a perda do desejo sexual é mais direta: ele obstrui os vasos, que levam
menos sangue até os corpos cavernosos do pênis. Segundo Claro, os fumantes com
mais de 55 anos geralmente apresentam algum grau de impotência. A atuação do
tabaco nas artérias é similar ao de fatores orgânicos como a diabetes, explica.
O
estresse, a depressão e outros fatores psicológicos ou emocionais também
interferem nos sinais cerebrais e podem desencadear a impotência, que atinge
até 25 milhões de brasileiros acima dos 18 anos pelo menos uma vez na vida. Na
faixa dos 40 anos, mais de 40% não conseguem ter relações com suas parceiras ou
parceiros por esse motivo.
Os
médicos destacam que o homem precisa reconhecer quando essas falhas são
eventuais e quando é o momento de procurar ajuda. A disfunção sexual pode ser
tratada com terapia, medicamentos ou com a implantação de uma prótese peniana,
mas só um especialista é capaz de fazer o diagnóstico da doença e indicar o
melhor tratamento.
O Centro de Referência da Saúde
do Homem atende todo mês cerca de 3 mil pacientes. Fora os 10% que reclamam de
disfunção erétil, os outros 2.700 procuram o local por causa de pedras nos
rins, problemas de próstata (aumento ou câncer) e tumores de bexiga ou rins.
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