Luz aplicada durante exercício físico reduz celulite.
Aparelho desenvolvido por pesquisadores da USP e da Universidade Federal de São Carlos.
Folha.com
Um aparelho desenvolvido por pesquisadores da USP e da Universidade
Federal
de São Carlos usa radiação infravermelha para turbinar os
benefícios dos
exercícios físicos à saúde. E com um efeito que deve
interessar às
mulheres: menos celulite.
A invenção consiste de duas placas contendo vários arranjos de LED
(pequenas luzes).
Elas são instaladas em uma esteira comum de academia,
uma de cada lado,
mais ou menos à altura dos glúteos.
Embora não seja perceptível a olho nu, essa radiação é absorvida pela pele e
inicia uma série de reações químicas no organismo.
A radiação infravermelha acelera o transporte de elétrons na
mitocôndria
(uma estrutura que fica dentro das células) e a síntese de
ATP, molécula que
é uma espécie de combustível que dá energia ao
organismo.
O uso de ATP, no entanto, gera um subproduto indesejado: os ácidos
lácticos,
que dão sensação de dor. O infravermelho diminui o acúmulo
dessa substância e,
por isso, tem uma ação anti-inflamatória e
analgésica no organismo.
"A pessoa consegue se exercitar com mais qualidade", diz Fernanda Rossi
Paolillo,
doutora em bioquímica e uma das criadoras da técnica. O
infravermelho
ajuda ainda na regeneração de tecidos, como pele,
músculos, ossos e nervos.
"Esse uso já é conhecido. Mas, em geral, o infravermelho é sempre usado
em repouso.
Como em clínicas de estética, por exemplo. Nosso
diferencial foi aplicá-lo
durante o exercício. O infravermelho associado
ao movimento teve
muito mais efeito", completa Paolillo.
Resultados
O estudo, feito durante um ano com voluntárias pós-menopausa,
indicou
que as mulheres que se exercitaram com o aparelho
tiveram melhora
significativa.
As mulheres faziam duas sessões de exercícios por semana, cada uma com
45 minutos de duração. Além de terem menor perda de massa óssea --um dos
efeitos da menopausa--, elas também tiveram redução do colesterol ruim
até 20%
maior do que as mulheres no grupo-controle.
O exercício "turbinado" com o infravermelho também acelerou o fluxo de
oxigênio e de sangue, melhorando um problema que é mais estético do
que
de saúde: a celulite.
O infravermelho combinado ao exercício diminui a retenção de líquido e
melhora a circulação na região das pernas e do bumbum, ajudando, e
muito,
a reduzir os furinhos. Os melhores resultados foram nos casos de
celulite
mais visível. Para Roberto Mattos, coordenador do departamento
de laser
da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a técnica, apesar de
correta na
teoria, ainda precisa ser comprovada por estudos maiores.
"Diferentes aparelhos que emitem luz têm boa influência sobre a
celulite.
O exercício por si só ajuda. Então, em conjunto, há boas
chances
de que a dupla funcione bem."
Fonte: Portal da Educação Física
GRANDE ABRAÇO,
LEANDRO PINHEIRO
Personal Trainer
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